A cantora Paulinha Oliveira passou da euforia à frustração em 20 dias com a divulgação do resultado da Lei Paulo Gustavo, em Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano. “No dia 11 de novembro, nosso projeto de realização de um documentário sobre a procissão de sanfoneiros, realizada na cidade, foi publicado como aprovado no Diário Oficial do Município. Já no dia 30 saiu uma nova edição que colocava o nosso nome como suplente”, denuncia.
Paulinha alega que seu nome já havia saído na lista definitiva de contemplados. “Fui lá na Secretaria da Cultura, assinei contrato e chegaram a pedir meus dados bancários para efetuar o depósito. Acontece que fui rebaixada de contemplada a suplente sem nenhuma explicação”, completa a artista que alega perseguição da gestão do prefeito Ednaldo Ribeiro.
Prejuízos – A cantora disse que, diante da aprovação na Lei Paulo Gustavo, havia contratado uma equipe de filmagem e edição para o registro da procissão, mas ficou impedida de fazer por não ter recursos suficientes para pagar à produtora audiovisual.
Paulinha Oliveira apresentou recurso, mas não acredita em nova vitória, pois acha que os critérios que a prefeitura está adotando são meramente políticos e não técnicos ou culturais.
De acordo com informações do secretário de Esportes, Cultura e Turismo e Lazer, a pessoa que está denunciando teve o seu projeto aprovado em último lugar da categoria para qual ela se inscreveu, que foi documentário e curtas metragens. Porém houve um recurso por parte do sistema de cotas, e a pessoa que entrou com o recurso, ganhou. Diante disso, pelas cotas a outra pessoa acabou ocupando a vaga e Paulinha infelizmente foi para a suplência.
Lamentamos o ocorrido, respeitamos todos os fazedores de cultura, mas a Prefeitura precisa seguir o que diz a lei. A comissão da Lei Paulo Gustavo tem que cumprir todas as decisões judiciais.