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Ex-vocalista do Mastruz, França já foi cantor de Axé Music

Nascido em Tucano e criado em Paulo Afonso, na Bahia, o cantor e compositor França é um craque dos palcos. Dono de um repertório diferenciado, o artista tem uma química especial com o público e com os músicos que compõem a sua banda. Nos anos 90, fez parte da principal formação da banda Mastruz com Leite, juntamente com Aduílio Mendes, Bete Nascimento e Kátia Cilene. Com a sua voz, imortalizou sucessos como Na ponta do pé, Aboio pra ninar morena, Saga do Vaqueiro, Pra Ninar Morena, Cavalo Lampião, dentre outras canções.

 

Sua formação vem de longe. Aos 11 anos, via a mãe musicar cordéis e, aos 12/13, cantou para Luiz Gonzaga, durante uma visita do Rei do Baião a Paulo Afonso. “Meu primeiro contato no forró foi com Luiz Gonzaga. Quando eu tinha 12 anos, ele esteve em Paulo Afonso e um belo dia foi fazer um show no estádio do município. Um dia depois, Gonzaga esteve na casa do meu amigo  e sanfoneiro Elias Nogueira. Eles começaram a cantar Assum Preto e me perguntaram se eu sabia cantar. Eu cantei e Gonzaga disse: “Parece que esse neguinho vai dar pro serviço” – disse França ao ForroCast.

 

Mas dos 12 aos 30 o artista deu um tempo no forró e passou por outros campos. “Com 14, eu já estava em banda de baile e aos 20 eu me tornei locutor”, conta.

 

Embora poucos lembrem, França começou para valer na música como cantor de Axé e, por conta da cabeleira vasta, foi chamado até de Luiz Caldas do Ceará. Morando em Fortaleza, ele diz que a sua chegada à cidade foi uma coincidência. “Fui ajudar meu irmão numa mudança e ia passar dez dias. Fiquei um ano”, lembrou.

 

Para França, o Ceará abraçou o forró a partir do sucesso do Mastruz e quando surgiu um convite para uma banda e ele se perguntou: como vou pro forró se sou do Axé? “Estreei na banda Flor de Cheiro e uma música nossa foi parar na novela Tropicaliente, da TV Globo. Aí eu já estava forrozeirim”, brincou.

 

Na banda do empresário Emanoel Gurgel, ele começou trabalhando na produção e fazendo uns backs e direção musical. Tempos depois, foi substituir um cantor no Mastruz e só saiu para a carreira solo. “A gente saiu do Mastruz, mas as pessoas nunca nos tiraram de lá. Foi o público que nos batizou como quarteto fantástico”, explicou.

 

Perguntado sobre os novos estilos de forró como o piseiro, França não tem meias palavras. “Eu não critico o novo, pois vivi as críticas há 30 anos atrás. Tivemos a sabedoria de escutar e seguir em frente. Tudo o que gravamos virou clássico. O termo Forró das Antigas nos dá credibilidade”, responde orgulhoso.

 

Em excelente forma e com um show animado e sempre atual com a sua banda que tem 22 integrantes, ele se orgulha: “Me comparo ao vinho. Quanto mais antigo, melhor. A gente sempre busca fazer um bom trabalho, agradar ao público”, resume.

 

Puxão de orelha –  Para França, as pessoas que fazem forró precisam ter mais atenção com o público e com a mídia. “O sertanejo está vindo para o São João, pois estão organizados, sobretudo com a divulgação do trabalho deles. Precisamos nos cuidar”.

 

Sobre a tecnologia, ele também tem uma resposta na ponta da língua: “O pessoal usa muito o VS. Eu prefiro uma banda latente. O VS é um complemento e não a alma da banda. Qual a diferença desse recurso sozinho para um karaokê?”, questiona.

 

Perguntado sobre a máxima de Gurgel de que quem sai do grupo Mastruz com Leite não volta, França rebateu: “tanta gente já voltou”.

 

Em sua entrevista ao ForroCast ele também disse não ter uma música preferida e afirmou que elas são como filhas e não há como gostar mais de uma do que de outra. E já que o assunto era composição, ele completou: “Ninguém deu a dimensão a grandeza do trabalho de Rita de Cássia, que compôs mais de mil músicas sozinha e mais de 100 sucessos”.

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